Amigos e amigas espero que tenha
tido uma boa semana? Estou aqui hoje apenas com o proposito de revelar um dos
maiores segredos de estado de Portugal, precisamente que tenha sido mantido em
segredo e os arquivos foram já alguns anos destruídos, para evitar discussões
no futuro.
Alguém se lembra de ter ouvido falar da MITRA? Ou de ter ouvido falar do CONTENTOR HUMANO?...
Se alguns dos leitores se tem esquecido ou nunca ouviu falar então acho que chegou a hora de denunciar o maior CAMPO DE CONCENTRAÇÃO que existiu na cidade de Lisboa em Portugal.
Alguém se lembra de ter ouvido falar da MITRA? Ou de ter ouvido falar do CONTENTOR HUMANO?...
Se alguns dos leitores se tem esquecido ou nunca ouviu falar então acho que chegou a hora de denunciar o maior CAMPO DE CONCENTRAÇÃO que existiu na cidade de Lisboa em Portugal.
Para situar a historia no tempo e
no espaço, deixo aqui o enderenço para os curiosos:
A
Mitra fica em Marvila, na Rua do Açúcar, Também existe ai alguns monumentos de
carácter religioso, como o antigo Mosteiro de Marvila. E nessa mesma rua
existem algumas instalações de unidades fabris desde a Rua do Açúcar até Braço
de Prata. Ok a Mitra fica aqui, mais informações consulte o mapa do
Google e também encontra a localização exata.
Ponto
numero 1, porque se dava o nome a Mitra de CONTENTOR HUMANO?
Ponto
numero 2, porque será que os mídia não divulgam nada sobre este assunto e os
portugueses desconhecem a historia deste lugar?... Que daria para fazer um
filme de TERROR DE GRANDE QUALIDADE e RECORDES DE BILHETEIRA, ao ponde de fazer
com que o lugar se tornasse o ponto forte de peregrinação para os amantes e fãs de filmes de terror de todo mundo.
Se
tentarem pesquisar a historia da Mitra que vai do tempo do Novo Império ate a
queda dele e alguns anos mais para frente, pois nos anos 80 todos os arquivos
desapareceram e a historia só existe agora na mente dos que ali estiveram e
podem compartilhar com o mundo, a verdadeira casa dos horrores. Se alguém quiser
fazer no futuro um filme devera ter o nome O CONTENTOR HUMANO, acreditem vale
apena fazer uma investigação, pois desde o suspense as personagens mais
estranhas; o clero, os políticos, a policia, os corruptos da época sem rosto e
por fim os diretores que passaram por esta instituição.
Há uma
personagem que ainda vive e tem tentado expor ao mundo os reais acontecimentos
deste lugar cheio de secretismo, o nome dele é Manuel José Santos Barão,
que foi destacado para ser enfermeiro na Mitra.
Retirado do site do sr Manuel Santos Barão
“Foi através deste concurso público que realizei a minha admissão na
Mitra. Após entrevista com a diretora do serviço de pessoal e recursos humanos
do Centro Regional de Segurança Social de Lisboa, foi-me solicitado a minha
imediata entrada em funções, com todas as garantias do funcionalismo público,
inclusive a garantia de frequência de um curso de formação para coordenar os
serviços de enfermagem da instituição, na Fundação Calouste Gulbenkian. Assim,
após me ter demitido da Clínica Psiquiátrica S. Estêvão e do Centro de
Enfermagem de Oeiras, iniciei funções na Mitra em 1981.”
Manuel José Santos Barão – Antigo enfermeiro na Mitra
Nesse site pode ler um pouco mais
sobre a sua passagem pela Mitra.
CONTINUAÇÃO E LINHA DE PENSAMENTO
Tomei a liberdade de escrever
sobre este assunto que deveria ser investigado e por os criminosos no banco dos
réus face ao secretismo envolta desta casa e pedir explicações exatas relativamente
ao desaparecimento dos arquivos terem desaparecidos e porque?
Eu estive nesta instituição,
assim como o meu irmão e irmãs e acreditem se o meu irmão não me tivesse ido lá
tirar talvez eu teria desaparecido assim como muitos jovens desapareceram e ate
hoje ninguém sabe deles, nem ninguém se interessa em saber a onde eles estão e
se vivem ainda.
Um breve excerto da carta eu que enviei
um amigo, revelando o ambiente então vivido na Mitra.
“Caro amigo, em continuação à carta que te enviei, gostaria de te
escrever um pouco mais sobre mim. Lembras de quando te falei da minha passagem
pela Mitra em Lisboa?... Então vou contar-te por escrito da melhor forma
possível, pois não sei muito bem como fui lá parar. Sei apenas o que o meu
querido irmão Henrique me contou. Que minha mãe nos tinha deixado numa pensão
em Lisboa, enquanto ia ganhar a vida. Como muito pequenos, cada um se virava
como podia. Normalmente era o Carlos Henriques que tomava conta de nós, mas
deves imaginar como era uma criança de 10 anos a tomar conta de outras três (eu
a Mariana e a Tânia).
Certa altura as pessoas da pensão decidiram não querer aguentar mais, e
chamaram a polícia enquanto a minha mãe estava fora. Depois disso fomos levados
para a Mitra, creio que em 1976. A minha mãe ainda nos tentou de lá tirar mas
foi tudo em vão, pois (segundo as autoridades) a sua vida não dava garantias de
estabilidade familiar. Hoje pela manhã, lembrei-me de alguns momentos vividos
naquela instituição. Uma das primeiras coisa que me recordo, é que dormíamos
todos num grande dormitório, com meninos de um lado e meninas de outro. Para ir
ao quarto de banho tinha de passar por um corredor no qual havia no chão um
pavimento em vidro, e numa certa noite ao passar lá, reparei que um dos vidros
estava quebrado, e eu não resisti a espreitar. Acredita, antes o não tivesse
feito. Durante anos essa mesma visão me perseguiu. O que vi foi um morto dentro
de um caixão e a seu lado a viúva que o velava com prantos e lágrimas. A partir
dessa data nunca mais fui o mesmo, e à noite preferia urinar na cama a ir ao
quarto de banho.
Outra ocasião fui separado das minhas irmãs, (o que me fez sofrer ainda
mais) para um sector só de rapazes. Outra prova que tive de enfrentar foi a de
ir à escola, pois no caminho tinha de passar pela tal casa mortuária. Como todos
eram pobres, as nossas roupas eram oferecidas, e só as trocávamos semanalmente.
Um agente da polícia com um lençol branco amarrado pelas pontas despejava as roupas
numa grande mesa, e cada um tinha de se virar. Muitas vezes cheguei a andar com
calças muito largas e sem meias, mas durante a semana íamos trocando uns com os
outros. Passei por outras experiências dolorosas e alucinantes que nem é
conveniente relembrar, mas também tive experiências positivas. Foi na Mitra que
tive o meu primeiro contato com a arte por volta dos meus oito anos de idade.”
Miguel Westerberg
Os castigos na Mitra era da forma
mais horrorizam-te e imaginável que deixaram traumas irreversíveis para toda a
vida, comparado a lavagens cerebrais é impossível
descrever exatamente igual como eles eram aplicados, pois só as mentes mais perversas
podem conceber tais coisas.
Em poucas palavras os jovens que ia
parar nesta instituição era levados como gado para ser tosquiados e as vestes
era oferecidas pelos pupilos do exercito português. Não havia meias, cuecas nem
cintos. As roupas eram espalhadas e postas numa mesa de cerca de 2 metros,
os chuveiros eram coletivos e pasta dos
dentes ou escava dos dentes nunca vi uma ate aos meus 8 anos idade que sai de
lá.
A escola era péssima e maus
tratos e ninguém aprendi nada quando sai em 1981 para ir par oficinas de São
Jose do Porto tinha como já disse atrás 8 anos de idade e foi com essa mesma
idade que entrei para primaria, não sabendo absolutamente nada de nada, nem a
letra A sabia escrever.
Quem tomava conta de nós era
policia e raramente estavam presentes, deste modo estávamos entregues aos
alunos mais velhos que faziam o que queriam com os mais novos, abusava e
violentava com castigos severos e macabros. Explos.: ficar com as mãos debaixo
dos joelhos virados para uma parede durante horas e horas ate cai. Batiam e
tornavam a bater sem parar ate sangrarmos. Roubava as poucas coisas que tinha e
nos assustavam durante a noite a terrorizando por dias a fim, causando traumas irreversíveis.
Havia uma casa mortuária e obrigatoriamente
tínhamos que passar por ela e a noite como já descrevi na carta em cima que
ficava no corredor que dava acesso ao banheiro coletivo. Ainda hoje é possível ver,
tente ir lá e imagine-se ai nesse tempo, se conseguir.
Porque o governo português escondeu
a historia envolta desta instituição?
Que mais se esconde e que o povo português
desconhece?
Quem são os verdadeiros culpados e porque será que os rostos destes
não são revelados?
Porque não se abre um inquérito ou porque será que os mídia não
se interessam por esta historia?
Ate quando os fantasmas que
habitam no LIMBO ficarão a espera de justiça a fim de ser soltos?
Deixo aqui um apelo a justiça ou alguém
que tenha poder neste país para abrir um processo contra os possíveis responsáveis
por tais crimes cometidos, a fim de trazer paz aos que ainda estão vivos e
ainda esperam por JUSTIÇA.
MIGUEL WESTERBERG – EX-ALUNO DA
MITRA DE 1977 ATE 1981
Em memoria de todos os que
sofreram e sofrem ate hoje dedico esta informação.
MITRA O CONTENTOR HUMANO
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