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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Você sabe porque que o novo Papa se chama Francisco?.... eu respondo.


“ PAPA FRANCISCO”.

Relativamente ao novo nome que o papa atual escolheu devemos tomar em conta que o nome em si não se refere a São Francisco de Assis como se diz, mas sim a são Francisco XAVIER, pois o nome foi escolhido devido a novo papa ser antigo membro da Ordem Jesuíta, em baixo vem algumas digas para compreender o porque do Santo ser escolhido por este novo Papa “ PAPA FRANCISCO”.

Primeiro jesuíta a ter este cargo no Vaticano e o primeiro Papa a ter este nome. Esta reflexão não tem como objetivo ser negativa, mas sim para dar a conhecer o novo líder da igreja católica e sua forma de pensar. 
Espero que gostem e meditem, pois educar é apreender. 

Miguel Westerberg 2013.03.14




São Francisco Xavier DA ORDEM DOS JESUÍTAS, nascido Francisco de Jaso y Azpilicueta, (Xavier, 7 de Abril de 1506 — Sanchoão, 3 de Dezembro de 1552) 
É neste período que tem como colegas de quarto o francês Le Fèvre e o basco Inácio de Loyola, que dão ao seu grupo o nome de Societas Jesus, latim para Sociedade de Jesus, que mais tarde se viria a tornar a Companhia de Jesus.
A Companhia de Jesus (em latim: Societas Iesu, S. J.), cujos membros são conhecidos como jesuítas, é uma congregação religiosa fundada em 1534 por um grupo de estudantes da Universidade de Paris, liderados pelo basco Íñigo López de Loyola, conhecido posteriormente como Inácio de Loyola. A Congregação foi reconhecida porbula papal em 1540.[1] É hoje conhecida principalmente por seu trabalho missionário eeducacional.


SABIA TAMBEM QUE O......


O Marquês de Pombal

O Marquês de Pombal realizou a conhecida “Reforma Pombalina” que tinha como intenção transformar Portugal numa grande metrópole, assim como outros países europeus já capitalizados. A escravidão dos índios foi extinta e eles até poderiam se casar com portugueses. A ideia de Pombal ao permitir isso, era a de que os índios se miscigenassem, houvesse um crescimento populacional e então o Estado contasse com mais força nas fronteiras do interior. Quando os índios passaram a ser livres, isso chocou-se contra os jesuítas, que não deixavam que a autoridade real interferisse nos assuntos deles. Marquês de Pombal que queria realizar uma reforma e aproveitar e centralizar o poder, expulsou os 670 jesuítas que aqui moravam e mandou fechar os colégios. Eles foram acusados de traição, o Padre Gabriel Malagrida foi queimado em praça pública e o restante embarcou para Lisboa aonde foram presos. Quando rei de Portugal D. José I morreu e foi substituído por D. Maria I, Pombal foi condenado e só não foi executado devido a sua idade avançada, ele contava com 78 anos.


ATUALIDADE - Palavras do jornalista Clovís Rossi, face ao novo Papa..


Foto: Cardeal Bergoglio (agora Papa Francisco) e o
 general Jorge Videla, um dos maiores ditadores argentinos.
 Ele assumiu ter ordenado o assassinato de mais de 8000 pessoas.



RELATIVAMENTE AO FOTO PODE ENTRAR NESTE SITE: 
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/03/papa-francisco-e-a-sangrenta-ditadura-militar.html

Jorge Mario Bergoglio leva ao Vaticano um pecado imperdoável: foi no mínimo omisso durante o genocídio que a ditadura militar argentina praticou entre 1976 e 1983.
Nem é possível alegar que não era, então, uma figura destacada na hierarquia eclesiástica: foi provincial dos jesuítas entre 1973 e 1979. A parte mais selvagem da repressão se deu precisamente entre o golpe de 1976 e 1978, quando, a rigor, a esquerda armada já havia sido esmagada, junto com milhares de civis desarmados.
Há na Argentina quem acuse Bergoglio “PAPA FRANCISCO” de ter sido pior do que omisso: o jornalista Horácio Verbitsky, autor de um punhado de livros sobre a ditadura, acusa o agora papa de ter sido cúmplice da repressão ao denunciar aos militares, como subversivos, sacerdotes que desempenhavam forte ação social. 

Verbitsky diz possuir documentos obtidos na Chancelaria argentina que demonstram a veracidade de sua acusação. Antes do conclave anterior (2005), um advogado da área de direitos humanos chegou a propor uma ação contra Bergoglio, acusando-o de ter sido cúmplice no sequestro de dois padres jesuítas em 1976. O que não dá para negar é que Bergoglio passou em silêncio por um período negro da história argentina, em que o comportamento de sua igreja foi obsceno.

Entendo. Os homens passam a ser santos, ou quando morrem ou quando assumem o papado.


http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/1246034-o-papa-e-o-pecado-da-omissao.shtml 

DO SITE DA FOLHA DE DE SÃO PAULO.

Funk ou Fuck?


O dia não escurece, já que é prematuro o sonho e não entra em mim.  as horas são dias e os dias se vão transformando em meses,  por fim anos e anos com cheiro a mofo. Alguém me chama velho e dizem que a minha sabedoria faz relembrar a sabedoria dos antigos e que para nada serve. Tentei errar, mas foi em vão, pois as letras as da minha infância se tornaram límpidas, tal como as folhas outono caiem das arvore.
Sonhos impossíveis eis um erro, impossível o que é realmente impossível?  

O dia repete se enquanto a minha alma viaja na direção do que se diz ser impossível. Tento despertar ao meio do sonho e vou descobrindo que este sonho nada mais é do que tudo aquilo que me é real. Existência é iniciar uma frase com letra maiúscula, devo me rir ou manter a minha alma fechada a sete chaves?  Devo interrogar ou devo manter a minha mente entre o trem de uma linha imaginaria?

Enfim se morrer que ira no meu enterro ou vai chorar por mim? Terei eu tempo para me despedir de alguém, ou irei só a mais alta montanha que o meu corpo poder suportar?

Segunda-feira de um dia qualquer, de um mês qualquer, de um ano repetitivo, agora não existe mais o fim de todas as coisas, mundo eterno á que a maldade no coração dos homens é vulgar. Matar é vulgar, violar os direitos humanos é vulgar, roubar é vulgar, mentir é vulgar, enfim... Tudo é vulgar. A humanidade tornou se tão vulgar, eu mesmo me entrego à vulgaridade, afinal todo mundo diz que já estou velho. Um velho de 40 anos que mal pode sorrir, afinal a vida só me trousse sabedoria, mas a sabedoria é também vulgar. 

A vida de cada um de nós atualmente é tão vulgar que chega a ser tão mal aproveitada quando lemos algum trecho de um livro. Que importância tem a sabedoria ou que proveito tiramos dela no tempo atual?
A musica, os filmes e as festas de hoje são tão vulgares que ouvir Mozart o ler Kafka é um crime.  Afinal de contas quem foram eles? Que importa. Nada mais importa os humanos perderam o sentido da vida, afinal a vida é tão vulgar.

Quantas pessoas vão ler este texto?

Devo rir ou chorar, devo ignorar ou manter-me a distancia? Estarei eu assim tão velho ao ponto de achar que eu mesmo estou a ser tão vulgar com as palavras? Fico em silencio e por mais que procure algo construtivo encontro apenas o ruído do dia que vai entrando, funk ou Fuck?

Talvez dentro de cinquenta anos paremos para pensar o quanto a humanidade estava a tentar sobreviver num mundo em que a ignorância e vulgaridade era tão comum na entrada do século 21.
Deste modo a minha sabedoria se é que a tenho? Pode ser interpretada como uma coisa vulgar, pois como posso eu dizer a um jovem algo se esse mesmo jovem acha que a sabedoria não tem proveito nenhum e de quem é culpa em face de isto?

Começo a compreender que tudo isto é nada mais que uma transição que nós humanos em si, já deveríamos estar habituados.  Um dia no futuro, alguém poderá dizer como nós humanos conseguimos chegar aqui?
Talvez nós os velhos em que as nossas palavras são tomadas hoje como vulgares, tenham um só proposito, que é o de salvar o pouco que nos resta da civilização humana.
A humanidade que levou tanto tempo para aqui chegar, a humanidade que esperou tanto tempo para se compreender, entrou atualmente pelo caminho da vulgaridade, nada faz sentido e o que realmente parece fazer sentido é enfim aos olhos dos de mais é vulgar.

Miguel Westerberg - segunda-feira 22/04/2013 – Carapicuíba – SP - BR 

sábado, 20 de abril de 2013

A CASA DOS HORRORES QUE HAVIA EM PORTUGAL - MITRA O CONTENTOR HUMANO


Amigos e amigas espero que tenha tido uma boa semana? Estou aqui hoje apenas com o proposito de revelar um dos maiores segredos de estado de Portugal, precisamente que tenha sido mantido em segredo e os arquivos foram já alguns anos destruídos, para evitar discussões no futuro.

Alguém se lembra de ter ouvido falar da MITRA? Ou de ter ouvido falar do CONTENTOR HUMANO?...

Se alguns dos leitores se tem esquecido ou nunca ouviu falar então acho que chegou a hora de denunciar o maior CAMPO DE CONCENTRAÇÃO que existiu na cidade de Lisboa em Portugal.

Para situar a historia no tempo e no espaço, deixo aqui o enderenço para os curiosos:

A Mitra fica em Marvila, na Rua do Açúcar, Também existe ai alguns monumentos de carácter religioso, como o antigo Mosteiro de Marvila. E nessa mesma rua existem algumas instalações de unidades fabris desde a Rua do Açúcar até Braço de Prata. Ok a Mitra fica aqui, mais informações consulte o mapa do Google e também encontra a localização exata.

Ponto numero 1, porque se dava o nome a Mitra de CONTENTOR HUMANO?

Ponto numero 2, porque será que os mídia não divulgam nada sobre este assunto e os portugueses desconhecem a historia deste lugar?... Que daria para fazer um filme de TERROR DE GRANDE QUALIDADE e RECORDES DE BILHETEIRA, ao ponde de fazer com que o lugar se tornasse o ponto forte de peregrinação para os amantes e  fãs de filmes de terror de todo mundo.

Se tentarem pesquisar a historia da Mitra que vai do tempo do Novo Império ate a queda dele e alguns anos mais para frente, pois nos anos 80 todos os arquivos desapareceram e a historia só existe agora na mente dos que ali estiveram e podem compartilhar com o mundo, a verdadeira casa dos horrores. Se alguém quiser fazer no futuro um filme devera ter o nome O CONTENTOR HUMANO, acreditem vale apena fazer uma investigação, pois desde o suspense as personagens mais estranhas; o clero, os políticos, a policia, os corruptos da época sem rosto e por fim os diretores que passaram por esta instituição.
Há uma personagem que ainda vive e tem tentado expor ao mundo os reais acontecimentos deste lugar cheio de secretismo, o nome dele é Manuel José Santos Barão, que foi destacado para ser enfermeiro na Mitra.

Retirado do site do sr Manuel Santos Barão

“Foi através deste concurso público que realizei a minha admissão na Mitra. Após entrevista com a diretora do serviço de pessoal e recursos humanos do Centro Regional de Segurança Social de Lisboa, foi-me solicitado a minha imediata entrada em funções, com todas as garantias do funcionalismo público, inclusive a garantia de frequência de um curso de formação para coordenar os serviços de enfermagem da instituição, na Fundação Calouste Gulbenkian. Assim, após me ter demitido da Clínica Psiquiátrica S. Estêvão e do Centro de Enfermagem de Oeiras, iniciei funções na Mitra em 1981.”

Manuel José Santos Barão – Antigo enfermeiro na Mitra

Nesse site pode ler um pouco mais sobre a sua passagem pela Mitra.

CONTINUAÇÃO E LINHA DE PENSAMENTO

Tomei a liberdade de escrever sobre este assunto que deveria ser investigado e por os criminosos no banco dos réus face ao secretismo envolta desta casa e pedir explicações exatas relativamente ao desaparecimento dos arquivos terem desaparecidos e porque?

Eu estive nesta instituição, assim como o meu irmão e irmãs e acreditem se o meu irmão não me tivesse ido lá tirar talvez eu teria desaparecido assim como muitos jovens desapareceram e ate hoje ninguém sabe deles, nem ninguém se interessa em saber a onde eles estão e se vivem ainda.

Um breve excerto da carta eu que enviei um amigo, revelando o ambiente então vivido na Mitra.

“Caro amigo, em continuação à carta que te enviei, gostaria de te escrever um pouco mais sobre mim. Lembras de quando te falei da minha passagem pela Mitra em Lisboa?... Então vou contar-te por escrito da melhor forma possível, pois não sei muito bem como fui lá parar. Sei apenas o que o meu querido irmão Henrique me contou. Que minha mãe nos tinha deixado numa pensão em Lisboa, enquanto ia ganhar a vida. Como muito pequenos, cada um se virava como podia. Normalmente era o Carlos Henriques que tomava conta de nós, mas deves imaginar como era uma criança de 10 anos a tomar conta de outras três (eu a Mariana e a Tânia).
Certa altura as pessoas da pensão decidiram não querer aguentar mais, e chamaram a polícia enquanto a minha mãe estava fora. Depois disso fomos levados para a Mitra, creio que em 1976. A minha mãe ainda nos tentou de lá tirar mas foi tudo em vão, pois (segundo as autoridades) a sua vida não dava garantias de estabilidade familiar. Hoje pela manhã, lembrei-me de alguns momentos vividos naquela instituição. Uma das primeiras coisa que me recordo, é que dormíamos todos num grande dormitório, com meninos de um lado e meninas de outro. Para ir ao quarto de banho tinha de passar por um corredor no qual havia no chão um pavimento em vidro, e numa certa noite ao passar lá, reparei que um dos vidros estava quebrado, e eu não resisti a espreitar. Acredita, antes o não tivesse feito. Durante anos essa mesma visão me perseguiu. O que vi foi um morto dentro de um caixão e a seu lado a viúva que o velava com prantos e lágrimas. A partir dessa data nunca mais fui o mesmo, e à noite preferia urinar na cama a ir ao quarto de banho.

Outra ocasião fui separado das minhas irmãs, (o que me fez sofrer ainda mais) para um sector só de rapazes. Outra prova que tive de enfrentar foi a de ir à escola, pois no caminho tinha de passar pela tal casa mortuária. Como todos eram pobres, as nossas roupas eram oferecidas, e só as trocávamos semanalmente. Um agente da polícia com um lençol branco amarrado pelas pontas despejava as roupas numa grande mesa, e cada um tinha de se virar. Muitas vezes cheguei a andar com calças muito largas e sem meias, mas durante a semana íamos trocando uns com os outros. Passei por outras experiências dolorosas e alucinantes que nem é conveniente relembrar, mas também tive experiências positivas. Foi na Mitra que tive o meu primeiro contato com a arte por volta dos meus oito anos de idade.”

Miguel Westerberg 

Os castigos na Mitra era da forma mais horrorizam-te e imaginável que deixaram traumas irreversíveis para toda a vida, comparado a lavagens cerebrais  é impossível descrever exatamente igual como eles eram aplicados, pois só as mentes mais perversas podem conceber tais coisas.
Em poucas palavras os jovens que ia parar nesta instituição era levados como gado para ser tosquiados e as vestes era oferecidas pelos pupilos do exercito português. Não havia meias, cuecas nem cintos. As roupas eram espalhadas e postas numa mesa de cerca de 2 metros, os  chuveiros eram coletivos e pasta dos dentes ou escava dos dentes nunca vi uma ate aos meus 8 anos idade que sai de lá.
A escola era péssima e maus tratos e ninguém aprendi nada quando sai em 1981 para ir par oficinas de São Jose do Porto tinha como já disse atrás 8 anos de idade e foi com essa mesma idade que entrei para primaria, não sabendo absolutamente nada de nada, nem a letra A sabia escrever.
Quem tomava conta de nós era policia e raramente estavam presentes, deste modo estávamos entregues aos alunos mais velhos que faziam o que queriam com os mais novos, abusava e violentava com castigos severos e macabros. Explos.: ficar com as mãos debaixo dos joelhos virados para uma parede durante horas e horas ate cai. Batiam e tornavam a bater sem parar ate sangrarmos. Roubava as poucas coisas que tinha e nos assustavam durante a noite a terrorizando por dias a fim, causando traumas irreversíveis.
Havia uma casa mortuária e obrigatoriamente tínhamos que passar por ela e a noite como já descrevi na carta em cima que ficava no corredor que dava acesso ao banheiro coletivo. Ainda hoje é possível ver, tente ir lá e imagine-se ai nesse tempo, se conseguir.

Porque o governo português escondeu a historia envolta desta instituição? 
Que mais se esconde e que o povo português desconhece?
 Quem são os verdadeiros culpados e porque será que os rostos destes não são revelados? 
Porque não se abre um inquérito ou porque será que os mídia não se interessam por esta historia?
Ate quando os fantasmas que habitam no LIMBO ficarão a espera de justiça a fim de ser soltos?
Deixo aqui um apelo a justiça ou alguém que tenha poder neste país para abrir um processo contra os possíveis responsáveis por tais crimes cometidos, a fim de trazer paz aos que ainda estão vivos e ainda esperam por JUSTIÇA.

MIGUEL WESTERBERG – EX-ALUNO DA MITRA DE 1977 ATE 1981
Em memoria de todos os que sofreram e sofrem ate hoje dedico esta informação.
MITRA O CONTENTOR HUMANO 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Minha passagem pela Mitra! - Publicado por Manuel José Santos Barão

EU E A MITRA - situavam-se na rua do açúcar, 34 – Poço do Bispo



A minha Admissão

Inalterável continuou a Mitra, até que fosse concluída a transferência da tutela ou seja, do Ministério da Administração Interna para o Ministério dos Assuntos Sociais.

No Diário da República nº 44 de 22 de Fevereiro de 1980 – 2ª serie, podia observar-se no despacho de 30 de Setembro de 1979, da Secretaria de Estado da Segurança Social o seguinte mapa de pessoal do Centro de Apoio Social de Lisboa (Mitra), o qual visava a substituição de todo o pessoal da Polícia de Segurança Pública por agentes civis, que no caso do serviço de saúde era o seguinte

2 Médicos clínica geral
2 Médicos Psiquiatras
2 Enfermeiros chefes
2 Enfermeiros subchefes
10 Enfermeiros de 1ª classe
16 Enfermeiros de 2ª classe
16 Enfermeiros de 3ª classe.

Referente aos enfermeiros, através do aviso público publicado no Diário da República nº 26 – II serie de 22 de Janeiro de 1981, poderia ler-se:

Para conhecimento dos interessados se publica que se encontra aberto, pelo prazo de 30 dias, a contar da data da publicação deste aviso no Diário da República, concurso documental aprovado por despacho do Secretário de Estado da Segurança Social de 14 de Janeiro de 1981, para preenchimento de dezasseis vagas de enfermeiro de 2ª classe Letra J, do mapa de pessoal deste Centro.

De acordo com o Regulamento do Concurso da Carreira de Enfermagem Hospitalar, aprovado pela portaria nº 468/73, de 9 de Julho, poderão candidatar-se os diplomados com o curso geral de enfermagem ou curso de enfermagem psiquiátrica e ainda os diplomados com o curso de promoção de enfermeiros de 3ª classe.

Os interessados deverão apresentar requerimento em papel selado, e acompanhados de publica-forma autenticada dos cursos respectivos.

Foi através deste concurso público que realizei a minha admissão na Mitra. Após entrevista com a directora do serviço de pessoal e recursos humanos do Centro Regional de Segurança Social de Lisboa, foi-me solicitado a minha imediata entrada em funções, com todas as garantias do funcionalismo público, inclusive a garantia de frequência de um curso de formação para coordenar os serviços de enfermagem da instituição, na Fundação Calouste Gulbenkian. Assim, após me ter demitido da Clínica Psiquiátrica S. Estêvão e do Centro de Enfermagem de Oeiras, iniciei funções na Mitra
em 1981.




Tempos iniciais na Mitra

Com 900 utentes internados, divididos em 10 secções, sendo uma (Quinta do Pisão – Alcabideche), onde quinzenalmente me deslocava. As restantes 9 secções, situavam-se na rua do açúcar, 34 – Poço do Bispo – Lisboa, e tinham as seguintes designações:

Camarata de rapazes, camarata de homens, enfermaria de homens, inválidos homens, enfermaria de mulheres, inválidas de mulheres (secção onde a Laura foi encontrada morta), Camarata de mulheres, creche e camarata de raparigas.

Desde o recém-nascido abandonado à criança em risco no meio familiar, até ao ancião de 94 anos; homens mulheres e crianças criavam um estranho e cinzento convívio, tal como os tons negros das pedras da “parada” tipo militar, calcorreada vezes sem conta por todos eles, mais intensamente no horário das refeições.

Todo o tipo de patologias estavam ali representadas, em especial ligadas á idade e exclusão social; Esquizofrenia, Oligofrenia, Autismo Tuberculose, Lepra, Neoplasia, Hepatites, HIV e outras tantas. De referir que cerca de 70% estaria de alguma forma sofrendo de varias patologias psiquiátricas.

Quando iniciei funções como enfermeiro, ainda alguns sectores eram preenchidos total ou parcialmente por elementos da Polícia de Segurança Pública ali destacados; por exemplo: Cozinhas, armazéns gerais, enfermagem, oficinas e segurança. Comandava esta força de segurança o chefe Luís Filipe Branco, que também ali residia, e muitas vezes chegou a resolver situações ligadas à Mitra, que a própria direcção do Centro Regional de Segurança Social não conseguia. Todos os agentes da polícia contribuíam de um modo geral e diariamente, para minimizar ao máximo as lacunas existentes; umas complexas e de longa duração, outras bem recentes, muitas delas causadas pela costumeira resistência às mudanças por parte do serviço social na pessoa de sua chefe “Joana”. Curiosamente esta cínica personagem, em carta enviada ao Centro Regional de Segurança Social de Lisboa, referenciava-me como um (bom coordenador dos serviços de enfermagem), e no mesmo dia e hora, em carta adenda à anterior (arrasava-me das piores informações).

Sempre a trabalhar

Presto aqui pública homenagem a todos os agentes da PSP que comigo colaboraram, e em sintonia me ajudaram na melhoria possível das condições humanas dos internados, quer na “Quinta do Pisão em Alcabideche”, quer na rua do açúcar, no Poço do Bispo em Lisboa… Bem-hajas, chefe Luís Filipe Branco, agentes Purificação, seu marido, Gonçalves, Peixeiro, Quadrado, Magalhães, Paredes e tantos outros que (pela extensão do tempo) a memória me subtraiu seus nomes. Sei bem que não foi nada fácil o vosso trabalho… Obrigado Amigos!

Os vários pavilhões militarmente dispostos, bilaterais de uma “parada” de pedra escura, sugerem um ambiente austero, provavelmente o mesmo que meio século atrás. Depois de entrar-mos e imediatamente a seguir à portaria no lado esquerdo, encontramos as instalações da Polícia de Segurança Pública. No pavilhão seguinte, toda a área do 1º andar existia uma espécie de museu, guardando (muito mal conservados) sobretudo instrumentos musicais e outros objectos ligados ao teatro. No rés-do-chão, toda a área estava dividida entre homens e mulheres, onde funcionavam duas grandes salas de lazer, com televisão, alguns jogos e um espaço para eventos com um pequeno palco. O refeitório e um pequeno bar do pessoal faziam parte do espaço seguinte. No andar superior encontrava-se a residência do chefe Branco, fiscal da Mitra. Por fim surgia o refeitório geral, cozinhas e armazéns de géneros.

Bem frontal à parada, erguia-se um alto edifício onde se situavam as camaratas dos homens e camaratas dos rapazes. O pátio em cimento, a seguir, serviu outrora para os banhos por “agulheta” nos dias mais quentes do ano.


Em terrenos superiores desse lado, ficavam os jardins, que possuía um painel de estilo Rococó tardio. “Este estilo artístico nascido em França no ano de 1700. Espalhou-se pela Europa no século XVIII, e é considerado também uma espécie de continuação do Barroco, modificado um pouco pela leveza e delicadeza com que se exprime. Ao contrário do Barroco, muito preso à pintura religiosa, o estilo Rococó espelha uma vida aberta e livre”.

Com acesso directo ao palácio, este era também o jardim onde as crianças brincavam com as ratazanas já descritas anteriormente, e onde algumas terão sido abusadas sexualmente.
Volta e meia, também algumas altas individualidades do país se banqueteavam naquele palácio, enviando os restos do repasto para o interior da Mitra (dentro de grandes lençóis), para ser distribuído pelos ali internados.

Após o célebre pátio, e de regresso à saída, fica um grande pavilhão que serve de armazém geral. A enfermaria de homens e o pavilhão de homens inválidos, respectivamente no 1º andar e rés-do-chão. O mesmo esquema se passava com a enfermaria de mulheres e pavilhão de inválidas (local da sinistra ocorrência). Aqui também o serviço de saúde tinha um pequeno espaço, onde durante o dia era separada a medicação a administrar aos cerca de 700 utentes.

No pavilhão seguinte funcionava a camarata de mulheres, que embora não doentes fisicamente nem idosas, costumeiramente se encontravam em estado deprimido, motivado geralmente pelo afastamento dos restantes membros familiares.

O serviço de saúde no rés-do-chão imediatamente a seguir embora bastante degradado, continuava a funcionar com três departamentos fundamentais; consultas médicas, enfermagem e farmácia. A porta principal dava também acesso à casa mortuária, à escola dos meninos e à creche no 1º andar.

Ficavam depois as oficinas gerais, onde (entre outras) se desenvolviam as actividades de metalúrgica, pintura sapateiro e marceneiro, quase todas ainda com responsáveis da polícia. No edifício ao lado, mulheres e raparigas trabalhavam em malhas, costura e artesanato variados.

Por fim, nos dois edifícios seguintes encontrava-se respectivamente; a secretaria, tesouraria, serviço de pessoal e direcção. O serviço social e camarata das
Raparigas no 1º andar.


Exterior da Mitra em calçada (igual ao interior) até 1986

CURIOSIDADES


Para quebrar a monotonia, de vez em quanto a Mitra também recebia pessoas que se destacavam da maioria dos internados, e quase nada tinha que ver com aquele ambiente.

Entre Fátima e a Amnésia

Recordo-me por exemplo de uma mulher Belga, que se perdeu da sua excursão a Fátima. Após quase 36 horas de marcha, descalça, em pleno mês de Agosto, foi detectada pelas autoridades que, por a senhora não possuir nenhuma identificação, também porque não compreendiam a língua de sua nacionalidade, a trouxeram para a Mitra. Pela exaustão a mulher não reagiu; foi imediatamente observada e assistida no serviço de saúde, e internada na enfermaria de mulheres, com o diagnóstico de desidratação grave, confusão e ansiedade, e queimaduras bilaterais dos pés de I, II, III graus. Fez os tratamentos adequados como soros antibióticos e os respectivos pensos diários. Também foi observada e medicada em psiquiatria, tendo alta cerca de 4 semanas depois, completamente curada. O embaixador do seu país deslocou-se à Mitra para uma visita de cortesia e providenciar o regresso do seu concidadão à terra natal. Teve também oportunidade de manifestar a sua gratidão, deixando nas mãos das
senhoras assistentes sociais um gordo cheque.


Miguel Westerberg

Famosos artistas internacionais ligados às artes plásticas tiveram (por qualquer motivo) uma paragem forçada na Mitra. É o caso do pintor Miguel Westerberg, que como todos os grandes artistas, jamais escondeu o seu passado; pelo contrário, a sua honra e nobreza denota a raiz de uma personalidade transparente, princípio base para identificar um verdadeiro bom exemplo de carácter humano.

Recentemente tive o grande prazer de o contactar, e espero sinceramente que antes da edição deste livro o possa pessoalmente rever. Registo contudo um breve excerto da carta que enviou a um seu amigo, revelando o ambiente então vivido na Mitra.

Caro amigo, em continuação à carta que te enviei, gostaria de te escrever um pouco mais sobre mim. Lembras de quando te falei da minha passagem pela Mitra em Lisboa?... Então vou contar-te por escrito da melhor forma possível, pois não sei muito bem como fui lá parar. Sei apenas o que o meu querido irmão Henrique me contou. Que minha mãe nos tinha deixado numa pensão em Lisboa, enquanto ia ganhar a vida. Como muito pequenos, cada um se virava como podia. Normalmente era o Carlos Henriques que tomava conta de nós, mas deves imaginar como era uma criança de 10 anos a tomar conta de outras três (eu a Mariana e a Tânia).

Certa altura as pessoas da pensão decidiram não querer aguentar mais, e chamaram a polícia enquanto a minha mãe estava fora. Depois disso fomos levados para a Mitra, creio que em 1976. A minha mãe ainda nos tentou de lá tirar mas foi tudo em vão, pois (segundo as autoridades) a sua vida não dava garantias de estabilidade familiar. Hoje pela manhã, lembrei-me de alguns momentos vividos naquela instituição. Uma das primeiras coisa que me recordo, é que dormíamos todos num grande dormitório, com meninos de um lado e meninas de outro. Para ir ao quarto de banho tinha de passar por um corredor no qual havia no chão um pavimento em vidro, e numa certa noite ao passar lá, reparei que um dos vidros estava quebrado, e eu não resisti a espreitar. Acredita, antes o não tivesse feito. Durante anos essa mesma visão me perseguiu. O que vi foi um morto dentro de um caixão e a seu lado a viúva que o velava com prantos e lágrimas. A partir dessa data nunca mais fui o mesmo, e à noite preferia urinar na cama a ir ao quarto de banho.

Outra ocasião fui separado das minhas irmãs, (o que me fez sofrer ainda mais) para um sector só de rapazes. Outra prova que tive de enfrentar foi a de ir à escola, pois no caminho tinha de passar pela tal casa mortuária. Como todos éramos pobres, as nossas roupas eram oferecidas, e só as trocávamos semanalmente. Um agente da polícia com um lençol branco amarrado pelas pontas despejava as roupas numa grande mesa, e cada um tinha de se virar. Muitas vezes cheguei a andar com calças muito largas e sem meias, mas durante a semana íamos trocando uns com os outros. Passei por outras experiências dolorosas e alucinantes que nem é conveniente relembrar, mas também tive experiências positivas. Foi na Mitra que tive o meu primeiro contacto com a arte por volta dos meus oito anos de idade.

Miguel Westerberg em S. Paulo - Brasil (2006)


Fernando o homem das facas


Pequenas brigas entre alguns internados eram até consideradas normais, e rapidamente solucionadas. Havia no entanto alguns internados mentalmente afectados que, embora referenciados e medicados, de vez em quando nos criavam sérias preocupações. Foi o caso do “senhor Fernando”, homem robusto com cerca de setenta anos, que já tinha cadastro pela morte à facada de um namorado da sua filha.

Certa tarde (sem ninguém saber onde tinha conseguido uma faca) o senhor Fernando espeta um colega na região abdominal, refugiando-se na camarata de homens onde dormia. Foram prestados os cuidados urgentes á vítima e enviada para as urgências hospitalares. Entretanto, o senhor Fernando continuava barricado na camarata, incendiando agora vários colchões, não permitindo (com a faca apontada) que ninguém ali entrasse. Fui chamado com alguns agentes da polícia para solucionar a situação. Habitualmente este internado respeitava-me e calmamente quando lhe falava ele obedecia. Mas nesse dia não dava ouvidos a ninguém, estava desesperado.

Tinha de agir e rapidamente! Pedi aos polícias para que através do andar superior se aproximassem o mais possível e ficassem atentos. Quando todos estavam a postos, segurei um colchão, dobrei-o e lancei-me contra o agressor derrubando-o, enquanto os agentes o imobilizaram. Foi imediatamente medicado com o “seu” SOS e depois levado pela polícia para averiguações. Mais tarde, eu próprio fui convocado pela polícia judiciária, para prestar declarações como testemunha e chefe dos serviços de enfermagem da Mitra.

Experiência fundamental

A minha experiência foi de facto fundamental não só neste episódio, como em toda a actividade desenvolvida na Mitra. Além de dez anos de exercício de enfermagem geral, enfermagem de guerra (Guiné -Tropas Pára-quedistas) e saúde pública, também já tinha realizado vários estágios extra-curriculares, bastante interessantes para todas as responsabilidades que iria enfrentar na Mitra; saúde materno infantil, cirurgia plástica/reconstrutiva, unidade de queimados, banco de urgências e psiquiatria. Foi também bastante útil o exercício de quatro anos em enfermagem psiquiátrica tendo como director o Dr. Galvão do H.J.M. Todas as informações de serviço referentes à minha actividade na Mitra sempre foram as melhores, assim por acréscimo, fui convidado a coordenar o sector da enfermagem. Aceitei o desafio sabendo á partida que não seria fácil levar por diante, a correcção de tudo aquilo que entretanto me apercebi estar errado.

Organização

Reorganizar o serviço de saúde seria o meu primeiro objectivo, pois todos restantes serviços da Mitra, giravam sobre esse núcleo. Assuntos urgentes de médio e longo prazo foram por mim entretanto referenciados, cancelando de imediato a forma praticada (até à data) de prevenção de parasitas, efectuado através de “DDT” pesticida altamente perigoso e já proibido em todo o mundo desde 1972. Também a higiene pessoal dos internados, vestuário, limpeza e desinfecção das instalações, superando rapidamente a sua degradação geral, as desratizações e humanização de todos os restantes serviços, faziam parte das grandes preocupações.

terça-feira, 5 de março de 2013

Globalização - uma visão surreal no imaginário coletivo



By Miguel Westerberg - Oslo - 2012

Friedrich Nietzsche escreveu alguns dos seus apontamentos a seguinte frase: “a grandeza do homem consiste em que ele é uma ponte e não um fim; o que nos pode agradar no homem é ele ser transição e queda”.
Não querendo eu fazer plagio do que Ele escreve, mas utilizando as mesmas palavras a fim de compreender o que atualmente acontece, quando pomos em duvida a palavra transição. O receio nada mais são que duvidas que nos impedem de acreditar que neste preciso momento nós humanos estamos perante o lema de uma nova era em que cada um de nós tem por responsabilidade compreender o quer dizer realmente transição. A nossa geração comportasse de uma forma fria e de animo leve para com as mudanças que tem que vindo a surgir e que nos dizem que é urgente, transformar o mundo globalizado. Mundo esse que estamos inseridos e que não tem volta, nada pode voltar para trás, o tempo que perdemos a questionar sobre a nossa identidade, leva nos ao passado, mas esse passado nos indica a direção: do futuro, neste presente momento. Por causa da inércia cada um de nós se anula e reflete sobre o todo existente, a sobra do passando. A historia da humanidade não é feitas de erros, mas sim de correções. Quando nos predispomos a analisar a historia, carregamos a responsabilidade de refazê-la e em que os erros do passado terão que obrigatoriamente ser corrigidos. Nietzsche estava certo, quando afirma que: “o ser humano é uma ponte e não um fim”.  Ponte essa que só esta finalizada quando realmente a humanidade entender o quer dizer ponte. A palavra ponte segundo os antigos recebeu este mesmo nome devido à seguinte descrição: do grego Póntos, e deriva por sua vez da raiz Pent e que significa uma ação de caminhar. Se analisarmos então a ponte em sim nada mais é do que ação do homem, quando caminha e que esta caminhada não tem um fim. Talvez um dia a humanidade encontre algo mais profundo e quem sabe nesse momento a palavra ponte tem outro significa. Tendemos a afirma que a ponte é algo nos liga, mas segundo os gregos ponte é muito mais do que isso, é a grande jornada da humanidade em direção ao futuro. Não podemos nos dar por satisfeito só numa simples travessia, pois cada um de nós tem esta obrigação, que é de continuar sempre continuar. E a onde nos leva esta caminhada? Que importa? Para mim não existe nem princípio nem fim, existe apenas o tempo e espaço que não se separa por nada. O tempo apenas existe porque nós humanos temos necessidade dele para dividirmos, deste modo o espaço existe com o mesmo objetivo.
Tempo e espaço nada mais é do que a divisão que nós humanos demos ao todo existente para nos situarmos em algum ponto. Existimos e temos a capacidade de pensar a nossa própria existência, e foi neste mesmo momento que nós começamos a pensar, que chegamos a consenso de determinar o principio do pensamento e da jornada que ainda hoje cada um de nós carrega sobre si. Atualmente estamos perante o fator que acredito ser o da inércia. Será que a nossa caminhada abrandou ou será que nós humanos estamos estagnados? A falta do pensamento ou anulação dele, leva com que a nós duvidemos do futuro. Pois é mais fácil culpar os outros que estiveram antes de nós, porem, esquecemos que também somos os outros. Amanha haverá uma nova geração que porá em causa o nossa linha raciocínio a não ser que tomemos uma atitude, que é de despertar e seguir em frente.



         Gosto das palavras simples, sinônimos e verbos que me levam a repensar sobre a minha pessoa, andar de vagar ou por vezes correr não sei se contra o tempo. Há neste ato involuntário uma certeza de um o ponto que me parece construtivo, que sempre que alguém caminha também observo, mas se não faz, então o que é que faz? Esta no vazio? Atualmente a humanidade tende em observar sem que critique. Porem criticar é reformular o que nos rodeia. Se nos limitarmos apenas a observar sem critica, acabamos por aceitar um todo em si existente em que alguma das vezes nos parece desconcertante. O que me leva a escrever tem tudo haver com esta palavra: desconcertante, pois nada mais é do algo que por alguns segundos tem capacidade de nos fazer perder o poder do raciocínio. Contudo quando isto me acontece eu paro e penso e tento compreender o porquê de me sentir assim, perante este fator que tem por nome desconcertante. Não consigo ficar suspenso perante tais coisas, antes e porem utilizo, a mente para avaliar segundo as minhas faculdades estes fatores que me parecem contrários ao espaço no qual estou também inserido. Quando anteriormente escrevi sobre a inércia face ao que esta acontecer no mundo, consigo também entender que eu mesmo muitas das vezes me encontro assim, afinal também sou humano, porem estou neste preciso momento a refletir de uma forma que creio ser construtiva estes mesmo erros. Descrevendo e detalhando, a fim de encontrar uma possível resposta face ao que atualmente esta acontecer no mundo e atualmente a palavra globalização esta por toda aparte. Debatesse, mas pouco ou nada se afirma. As bases da chamara era global estão sem alicerces, os criadores desta mesma palavra criaram para si mesmos um acordo mútuo em que existe uma divisão destrutiva para com a grande maioria da humanidade. Se quisermos acreditar nesta palavra ou se queremos realmente fazer com ela tem ação, por onde devemos começar se não por analisar o realmente falta e o que falta nada mais é do que os alicerces. As classes superiores denominas por os grandes da terra, construíram a chamada globalização de uma forma medíocre, impondo uma visão surreal no imaginário coletivo. Não posso permitir que estas idéias seja levadas em conta quando a grande maioria das pessoas esteja a ser forçadas a viver em condições desumanas e empurradas para vazio. Retirando a cada um de nós o poder de inter agir num todo que eu chamo de união. Então cais são as bases para que a palavra globalização tenha em si a capacidade de reunir mátrias e idéias solidas? Há uma longa jornada que cada um de nós a nascença carrega sobre si, a jornada da responsabilidade. Porque será que dividimos as responsabilidades, pondo fardos pesados sobre os ombros dos que mal podem suportar? Estará a humanidade a entrar no caminho da ignorância. Já que a palavra ignorância diz que: “não há nada mais terrível do que uma ignorância ativa”.  E noutro ponto afirma que tem falta de conhecimento, instrução e gera a falsidade levando o ser humano a estabelecer conselhos em prol de si mesmo. Anulando deste modo os que estão em volta de si.
         A globalização não tem quer ser algo negativo, afinal ela existe, porem devemos ter em conta que a falta dos alicerces faz com ação ou marcha seja desigual para com a grande maioria das pessoas. Cabe a todos nós encontrar bases fortes e construtivas, com a finalidade de favorecer a todos.  Tenho em mim a consciência que a humanidade não ira fracassar em face de este ponto, nós humanos sempre nos deparamos com situações idênticas. Porem estou convencido que os que criaram a chamada globalização a criaram a pensar não no todo, mas sim neles mesmo. Não podemos aceitar estas regras, porem pode mos fazer com elas seja repensadas e assegurar que elas tenham força suficiente a fim de motivar cada um de nós a continuar esta longa jornada. Não estou convencido que os criadores da globalização esperavam que a maioria se mantivesse em silêncio , pois a historia prova o contrario, que existem sempre pessoas capazes de fazer frente ao que eu chamo de ignorância. Desculpe-me, mas tenho que dizer que neste preciso momento, meia dúzia ou pouco mais esteja a tentar desacreditar que nós humanos podemos aceitar este fato como algo real. Por mais real que seja, não vejo nele construção e caminho favorável para com o todo, em que eu mesmo estou inserido e não só. Na verdade todos fazemos parte e não adianta anular tais coisas, aquele que contraria o destino ou ordem, nada mais faz do que se atropelar a ele mesmo, provocando a sua própria queda em que na minha visão, vejo ela com catastrófica. Que direi então. ficou suspenso ou acuso uma identidade que impõem algo contrario a vida. Cabe a cada um de nós esta inteira responsabilidade que é obrigatoriamente de erguer alicerces seguros a fim dar qualidade de vida e ferramentas necessárias com o objetivo de assegurar a sobrevivência de todos nós. Não me conformo com meras palavras ou meras atitudes quando alguém se acha no direto de tirar o direto a vida. Utilizando meios selvagens e desumanos a fim de lucrar sem olhar a meios. Hoje e aqui e sempre no agora eu acredito que nós humanos não somos gado, não somos escravos de um sistema imposto meia dúzia de pessoas que se acha no direto de fazer e de desfazer o quem bem lhes apetece.  Tem que haver responsabilidade e capacidade de resolver os problemas impostos por este que anseiam não se sabe o que, porque eles desconhecem as suas metas e se as suas metas são baseadas em idéias contrarias aos diretos cívicos, então estamos em guerra. Uma guerra que diz respeito a todos nós e quem ninguém pode ficar de fora. Eu tenho um compromisso neste mundo o qual devo assumir e agir  com urgência, no momento em que me responsabilizei em  mandar alguém ao mundo. O meu filho não pode esperar que eu me rebaixe e eu não devo deixar passar tais coisas, afinal se eu existo, logo também tenho obrigações. A minha obrigação consiste em denúncia e agir em conformidade de encontrar respostas capazes com o objetivo de assegurar a existência daqueles que vivem atualmente em condições de desumanas, se eu retiver as minhas palavras e deixar que a meia dúzia de pessoas tenha a capacidade de afirmar e impor tais coisas. Não estarei eu anular-me a mim mesmo? Não estarei eu a permitir que os tais possa destruir o sonho da humanidade?
         Debati recentemente este assunto a mesa de um café e me deu uma satisfação em saber que eu não estou só, pois apesar de ser europeu vi e ouvi que pessoas de outros continentes interrogassem sobre o que realmente esta acontecer a humanidade. Não vi nem escutei palavras de satisfação em face de este tema, porem ouviu atentamente a minha própria voz no todo, o que me fez acreditar que o que eu penso e afirmo faz todo sentido.
          Agora eu pergunto que podemos fazer? E é aqui que todo começa a fazer sentido, quando analiso que a meia dúzia tenta caracterizar as consciências, utilizando meios capazes de propagar entre os meios dos quais eles dispõem para afirmarem as suas más convicções, criando entretenimentos vulgares do mesmo modo que as antigas civilizações, como por exemplo, os romanos davam ao povo pão e gratuitamente ofereciam espetáculos desumanos. Milhares de pessoas morreram para beneficiar os tais, porem a historia se encarregou de alevantar uma minoria com novas idéias que transformariam o mundo acidental para sempre. Não me iludo com estes entretenimentos, pois estou atento a corrupção geral estalada de forma medíocre e imposta por aqueles que se acham no direto de caracterizar as consciências mais frágeis e retirando lhes todos os seus diretos adquiridos com tão suor, sangue e sacrifícios. Esta  é a condição que esta a ser implantada em todo mundo para beneficiar um punhado de pessoas sem escrúpulo e nós estamos a ser comparados a animais de carga e forçosamente arrastados para o matadouro, porque nos cegam com propagandas medíocres e tenta arrancar de cada um de nós o direto a interrogação. Eu porem não tenho nada perder, perderia sim se me mantivesse calado , mas esta a chegar a hora é que a humanidade desperta deste sono, sono esse que foi provocado por meia dúzia de tiranos. Um dia li ou ouvi algo assim: “quando povo adormece os tiranos levantasse”. Temos provas concretas que provem de outros tempos, que os tiranos levantaram se e esmagaram o povo sem dó nem piedade, fazendo com a humanidade mergulhasse no caos e nas trevas. Se queremos realmente um mundo melhor, se queremos realmente tomar uma atitude, entoa teremos que agir quanto antes. Não me confundam e nem tentem caracterizar as minhas palavras para beneficiar a loucura ou incentivar o ser humano a violência, pois não acredito na violência. Acredito sim, num comum acordo de forma global e responsável em que cabe a cada um de nós encontrar uma forma construtiva e que beneficie a todos.
Gostaria de deixar claro, que não tenho pretensões políticas, pois sou apenas um artista e nada mais do que isso, porem utilizo este meio de comunicação para acusar e despertar os que realmente lutam por a igualdade. Já que somos todos iguais e nascemos com diretos iguais como diz a carta universal dos diretos humanos, então cabe a todos nós esta responsabilidade de beneficiar deles. Para tal e antes de beneficiarmos destes diretos devemos também observar atentamente e descrever ou denunciar o que esta fora destas linhas, caso contrario um simples parágrafo pode ser a queda de muitos, dos quais nós também estamos inseridos. Estou longe do meu país e sinto-me que estou como privado de viver na minha pátria, pois a condição desumana pelas cais foi durante alguns anos forçado a viver levou-me a emigrar em parte contra a minha vontade. Hoje, me encontro a cerca de nove mil km de distancia da personagem principal e de maior importância na minha vida, que é meu filho, pois é a pensar nele que escrevo estas linhas e tenho em mim a certeza que o que escrevo, não passam só de palavras. Cuidai-vos de pensar que estou revoltado com alguém em questão, eu apenas, estou atento ao que se passa em redor de mim. E a minha insatisfação leva-me a denunciar e a tentar ao mesmo tempo impedir que o futuro de cada um de nós seja entregue nas mãos dos que abusam do poder que categoricamente lês foi dado.
Será que existe realmente uma crise a escala mundial? Ou será que todo isto não passa de uma farsa imposta através dos meios de comunicação social. Afinal são eles os donos e responsáveis, são eles que fazem e desfazem que limitam as palavras, que abusa e ainda se dão ao luxo de brincar com a vida dos outros. Todo mundo se culpa, todos apontam, mas  ninguém assume responsabilidades. Ninguém sabe de onde provem o mal, se é que existe realmente algum mal e se existe realmente uma crise. Quem são os responsáveis? Imaginemos que não existem responsáveis, mas se não existem responsáveis como podem dizer categoricamente que existe uma crise global? Não faz sentido, para fazer sentido, temos que analisar o que leva os media a afirmar que existe algo, mas no fundo não há um responsável. É uma contradição e como povo diz o povo e com razão: “sem pés nem cabeça”.  Se os meios de telecomunicações tivessem realmente interesse em descobrir o fundo desta questão ou problema, também deveria ter em conta que para uma afirmação tem que existir uma resposta, para que se possa analisar o que se afirma. Então há algo aqui não bate certo, são ou não são números fictícios? Os criadores da globalização criaram estes mesmo números para se beneficiarem a sim mesmo, os mídia, que são comandados por eles mesmo incutiram entre as populações esta mesma propaganda de tal forma que ganhou raiz, a chamada raiz do mal. Atualmente a raiz tomou de tal forma proporções desastrosas e que desvirtuou a realidade em sim prevista e hoje temos o que temos uma crise sem precedentes que há muito não se via na historia da civilização humana. Esta crise nada mais é do que o produto de uma estratégia criada por os fundadores da globalização, como já foi dito anteriormente, a globalização foi criada sem as chamadas bases ou alicerces, o que fez com que a economia ocidental, melhor dizendo global entrasse em colapso total e deste modo as idéias sobre a globalização esta a desabar. Cabe a quem impedir a continuação desta farsa? E se eu estiver errando me desculpe, porque para mim cabe a responsabilidade aos mídia, pois foram eles os principais causadores desta chamada tragédia grega, quando aceitaram o compromisso de anunciar esta farsa.  Todos nós temos que por um ponto final nesta historia e sem receios avançar em frente, mesmo tendo consciências das dificuldades que se apresentam no futuro, mas vale tarde do que nunca, pois ainda estamos a tempo de salvar o que há para salvar, impedido deste modo a extinção da humanidade. Estou convencido e ainda detenho forças e vontade de caminhar. Acredito que o futuro nos reservas ainda coisas boas, que os nossos  filhos e netos e bisnetos terão algo para falar sobre cada um de nós neste momento, no agora, porque é urgente despertar deste logo sono que só nos sufoca. Não me rendendo, nem me entrego à morte de uma forma fácil, a  minha vida foi sempre uma batalha atrás de outra batalha, uma vitoria sobre outra vitoria. Hoje e mesmo que distante da minha pátria mantenho os pés presos ao chão e anuncio sobre  os telhados que não me vou desistir ate que todos juntos possamos caminhar. Pois “Dos fracos não reza a historia” e uma nova chama de luz esta a surgir por todo lado, uma nova forma de pensamento esta a incendiar as cidades e as capitais de todo mundo, esta é uma geração forte. Somos nós e eu sei que somos nós, todos nós juntos e de novo unidos nesta longa jornada. Para trás só ficaram os fracos, os que não acreditaram em si mesmo, os que se limitaram a cruzar os braços e apanharem em silencio temendo a morte. Não existem heróis, mas existem homens de boa vontade, são eles os responsáveis pelo curso da historia, são eles que conhecem e sabe o quanto a vida é importante, mas que para se viver neste mundo, tem que existir boa vontade, que é a de quebrar as cadeias que aprisionam não só os nossos corpos físicos, mas acima de tudo aprisionam a mente humana, limitando-a ao vazio imposto por aqueles que manipulam  a mesma. Assassinos, deturpadores e tantas outras coisas que já fomos obrigados a escutar e ate quando teremos que aceitar estas condições, seremos nós humanos tão francos ao ponto de temer meia dúzia de criaturas, que constantemente desafiam o numero real da proporção humana em milhões e milhões de homens de boa vontade? Duvido que a geração que se esta alevantar, vá permitir isto, duvido que a geração na qual também eu vivo e contemplo, vá permitir que a ignorância tem a capacidade de continuar a caracterizar as consciências. 




Chegamos ao ponto inicial do que realmente queremos e o que realmente queremos, se não igualdade. Parece um tanto repetitivo, mas por muito que se repitam as palavras uma coisa tenho por certo que esta é única forma que temos de evitar uma possível catástrofe há escala mundial. Um pouco dramático, mas será que não existe realmente um drama em volta de isto tudo? Se não existisse porque me daria ao trabalho de escrever tantas coisas, as cais não conformo e nesta batalha não estou só.  

Miguel Westerberg - São Paulo - Santa Cecilia 
2013/03/05

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